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    A transformação digital e a velha economia

    04 outubro 2017

    Tenho muitas dúvidas se as empresas tradicionais e seus líderes estão decodificando adequadamente os fundamentos das transformações da sociedade e os impactos em seus negócios. Em algumas situações, percebo que empresas tradicionais têm se aproximado de startups e desse contexto digital por ser algo hype. Me lembra quando iniciou-se o movimento de valorização da sustentabilidade onde muitas companhias entraram nessa onda mais por uma estratégia de marketing do que por respeitar os fundamentos do conceito e suas implicações. A comprovação desse desvio se tangibiliza na fala que valoriza alguns elementos estereotipados junto a startups (como a importância de um Café aberto 24 horas ao lado de determinado co-wotking, pois “essa galera tem o hábito de trabalhar muito” ) e até mesmo no chamado physique du role que obedece o receituário clássico e causa até estranhamento visual devido aos contrastes. Não sou daqueles que sentencia que as empresas tradicionais sucumbirão perante as novas organizações. Pelo contrário, advogo que a grande oportunidade reside no que chamo de “encontro de gerações” onde o conhecimento e capital de empresas consolidadas se encontra com o virtuosismo e impetuosidade dos novos empreendedores e suas startups. Aliás, dedico boa parte do meu próximo livro a conceituar esse tema. É requerido, no entanto, que exista legitimidade em todo processo. Que o movimento seja verdadeiro e autêntico. Para isso, os líderes tradicionais devem ter boa dose de humildade e exercitar uma das competências mais importantes dessa nova Era: aprender a desaprender (ops, outro conceito que trabalho no livro). Por mais clichê que seja o fato é que em um ambiente repleto de ameaças residem oportunidades incríveis. Quem fizer a leitura adequada do contexto antes, tem mais chances de prosperar. O que você acha? Essa visão faz sentido para você?

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    Vendas é Arte e Ciência

    20 setembro 2017

    Henry Mintzberg é o especialista em estratégia que, desde sempre, mais me chama a atenção. Foi o primeiro pensador a trazer uma visão que considera relevante a presença do imponderável no desenvolvimento estratégico das organizações fugindo da famigerada armadilha do determinismo. Uma das teses do pensador é que estratégia não é apenas uma ciência exata. Estratégia é arte e ciência ao mesmo tempo. Existe uma dimensão hard no processo e outra soft. Ignorar essa lógica significa reputar uma importância excessiva às questões racionais e científicas ignorando a influência das pessoas, variações do macro ambiente, intuição e assim por diante. Defendo essa tese na área que é uma de minhas paixões e objeto de constante estudo teórico e prático: Vendas é arte e ciência. Vejo com muita felicidade a proliferação de teses científicas sobre a disciplina de Vendas. Movimento inimaginável há poucos anos atrás e principal motivador do lançamento de meu primeiro livro, o Vendas 3.0.

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    O que você está fazendo com a sua educação?

    15 agosto 2017

    Estudo do Fórum Econômico Mundial aponta que até 2020 mais de um terço do conjunto de competências essenciais requeridas para a maioria das profissões relevantes será composta por competências que ainda não são consideradas fundamentais atualmente. Como você está se preparando para esse contexto? Note que 2020 é logo ali. São menos de 3 anos que separam essa dinâmica da atualidade. Muitos de nós – e eu me incluo nessa – fazemos severas críticas ao modelo formal de educação que, seguramente, não está preparado para lidar com essa complexidade. O mesmo estudo mostra que a velocidade de depreciação do conhecimento é tão grande que cerca de 50% do conteúdo adquirido no 1º ano de um curso regular em uma Universidade torna-se obsoleto no 4º ano. Incrível realidade que assistimos passivamente enquanto preparamos nossos jovens, bovinamente, para cursarem suas Faculdades (ah, só para que você saiba, falo isso com propriedade de causa, pois minha filha mais velha estuda na melhor Universidade do país em sua especialização). O que quero trazer com essa mensagem hoje, no entanto, é outra perspectiva: o que você está fazendo com essa informação? Quanto tempo de seus dias você tem dedicado ao aprendizado? Qual é o seu empenho – de verdade – em ser um indivíduo melhor, mais alinhado a essa complexidade? É necessário tomar muito cuidado em apontarmos o dedo a terceiros sem fazermos a nossa parte. É evidente que devem existir mudanças no sistema formal de educação. Aliás, o livro que estou escrevendo com meu amigo, José Salibi Neto, terá um capítulo só dedicado a apresentar as bases da construção do novo paradigma para a educação corporativa.

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    Você está atento a paisagem?

    25 julho 2017

    Há uma tese que afirma que os índios das Ilhas caribenhas não identificaram a chegada dos navios de Cristóvão Colombo em suas terras. O motivo de terem ignorado uma imagem que certamente não passaria batido para nenhum indivíduo atualmente é instigante: como nunca tinham tido essa referência em seu repertório, não tinham a percepção clara acerca do que era um navio. Eles simplesmente ignoraram a presença daquele fenômeno não identificado porque não o conheciam. Verídica ou não, já que não existem evidências incontestes de que realmente aconteceu dessa forma, a história nos traz uma metáfora riquíssima para nossa reflexão. Todo ser humano tem muita dificuldade em reconhecer aquilo que não está presente no seu repertório. Essa dinâmica é muito atual ao nos deparamos com a dificuldade que muitos têm em reconhecer as intensas transformações por qual passa a sociedade com impacto determinante no ambiente empresarial.

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    NÃO JOGUE O BEBÊ FORA JUNTO COM A ÁGUA DO BANHO

    07 julho 2017

    Talvez você já tenha ouvido falar nessa expressão. Ela tem origem na Idade Média quando os banhos eram tomados em uma única tina. Cabia ao chefe da família tomar o primeiro banho com a água limpa e depois, sucessivamente e no mesmo local, os demais participantes, por faixa etária, iam se sucedendo em sua “higiene” pessoal. Os bebês eram os últimos da fila. Você deve imaginar como estava à água da tina nesse momento que, de tão suja era possível, “perder” um bebê dentro dela. Vem dai a expressão em inglês. “don`t throw the baby out with the bath water” que foi adotada pelo senso comum com o significado que você não deve rejeitar uma coisa boa devido a contaminação ou sujeira que encontra no seu entorno. Está aí uma daquelas lições que vem de tão longe, mas não poderia ser mais atual. Sabedoria pura. O diálogo de surdos é uma figura que caracteriza muito bem o atual contexto social que vivemos. O maniqueísmo que assola nossa sociedade, potencializado pelas redes sociais, faz com que, para muitos, só exista o preto e o branco. O cinza, nem pensar.

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    O Futuro já não é como era antigamente…

    04 julho 2017

    Tenho certeza que como eu, muitos de vocês, sobretudo os da Geração dos Anos 80, associam esse trecho a música Índios, tremendo sucesso do Legião Urbana eternizada na voz de Renato Russo. Pois para minha surpresa, sua autoria remonta a década de 20 e é do poeta Paul Valery. Se eu já achava que essa visão era uma premonição de Renato Russo escrita há cerca de 30 anos, imagine então meu espanto ao descobrir que ela foi publicada a um século!! Para mim trata-se de uma das sentenças que melhor traduz a nossa Era. Eu diria que o PRESENTE já não é mais como era antigamente, quiçá o futuro. Essa realidade demanda uma mudança no modo como concebemos os negócios que são frutos das mudanças sociais. É necessário rodar um novo sistema operacional para entender esse novo mundo. E note que esse sistema não é uma melhoria incremental do anterior. Não. As mudanças são estruturais e demandam um novo modelo que, evidentemente, aproveita as lições provenientes do anterior, porém tem seus fundamentos forjados do zero. Por vezes é assustador, mas lhe garanto que é fascinante, estimulante. Temos o privilégio de estar no olho do furacão e a oportunidade de protagonizar a mudança. Fui convidado pela HSM para participar de um projeto em parceria com a CBN: o podcast CBN Professional. Gostei bastante do conteúdo onde exploro, em mais detalhes, essa visão. Ouça e depois me fale sua opinião. https://goo.gl/vVC85K

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    A DIFERENÇA ENTRE EMPREENDEDORES E BANDIDOS DISFARÇADOS DE EMPRESÁRIOS

    02 junho 2017

    “A empresa moderna é uma organização social”. Quem fez essa afirmação não foi um sociólogo. Nem tampouco um economista com viés mais socialista. Não. Quem cunhou essa sentença há mais de 50 anos foi o principal pensador do mundo da gestão contemporânea: Peter Drucker. Como desdobramento de sua visão, o autor preconiza que o principal objetivo de uma organização não é o lucro financeiro e sim a criação de valor a sociedade. Se esta reconhecer que o resultado da ação da organização é favorável e aceito, recompensa a empresa com o lucro financeiro. Se não ocorrer esse reconhecimento, penaliza com o prejuízo. Simples assim. Seguindo esse raciocínio, o lucro é a recompensa que a organização recebe por criar valor à sociedade onde está inserida. Assim, o resultado financeiro é consequência e não causa da ação empresarial. O processo de geração de valor a sociedade assume diversos papéis como a geração de recursos financeiros ao Estado por meio do pagamento dos impostos, a criação de empregos, a geração de oportunidades de crescimento para empresas fornecedoras e parceiras, o sentimento de pertencimento social dos trabalhadores e assim por diante.

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    Não estamos preparados para lidar com a evolução tecnológica

    25 maio 2017

    Os avanços tecnológicos geram desconforto, insegurança e, em algumas situações, muito medo. Rupturas mexem com o status quo e tiram o ser humano da zona de conforto. Nos Estados Unidos, o lançamento de uma nova tecnologia gerou muita preocupação na sociedade. Impactada pela influência desse movimento junto, sobretudo, aos jovens, uma analista sentenciou: “Essa tecnologia não mudará a forma como nos comportamos, mudará quem somos”. O repudio e a preocupação vinha de encontro ao estímulo ao excesso de individualismo e isolamento causados por essa onda que, rapidamente, assolou o país. As discussões sobre os efeitos desse fenômeno logo se espalhou por todos meios de comunicação em todos os estados americanos e, estudiosos do comportamento humano, não tardaram em expressar sua preocupação com o futuro dos jovens já que aquela tecnologia criava barreiras invisíveis às relações interpessoais aos destruir a possibilidade de conversas e tornava pessoas irrelevantes para outras pessoas. Que sociedade estava sendo criada por meio desse comportamento tão nocivo? Como consequência dessa reflexão, 9 estados americanos criaram leis para coibir a utilização dessa tecnologia nas ruas, porém todas as tentativas foram irrelevantes. Em menos de 1 ano de seu lançamento, ela estava presente em 1 de cada 11 domicílios americanos. Você arrisca dizer qual é essa inovação?

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    Inteligência Artificial tão comum quanto a Eletricidade

    02 maio 2017

    Há cerca de 15 anos, pensadores como Nicholas Carr, preconizavam que, em breve, a internet seria tão trivial quanto a eletricidade na vida das pessoas. Essa visão causava estranhamento e desconfiança. Afinal, a tecnologia existente era limitada, as conexões péssimas e as bandas não eram tão largas. Pois, deu no que deu. Atualmente, ninguém tem dúvidas sobre o avanço da web na vida de todo cidadão do mundo. Uma das importantes consequências desse movimento é a ascensão da inteligência artificial. Ela se expressa em nosso cotidiano seja por meio de modelos mais simples como na forma de algoritmos para lhe apresentar os conteúdos mais adequados ao seu perfil até em sofisticadas aplicações que permitem análise preditivas complexas. O que era circunscrito a contextos muito específicos e técnicos estará cada vez mais presente em nosso dia a dia e, essa realidade, altera profundamente o ambiente corporativo e a sociedade. Veja essa experiência da Oracle (#itsyourtime) lançada essa semana. A análise de manifestações na web influenciará a composição de uma música e permitirá sua autoria compartilhada com os artistas. É a tecnologia estendendo seus tentáculos por áreas inimagináveis no passado e gerando novas leituras e experiências.

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    O Fim dos Smartphones

    21 abril 2017

    Veja que curioso. Nessa semana li um Estudo que mostra que, até o final do ano, teremos mais de um smartphone por habitante no Brasil. Movimento para lá de relevante e só irá intensificar o perfil de consumo por celular valorizando cada vez mais a linguagem em vídeo e os apps. Legal, não é? Pois nessa mesma semana, Mark Zuckberg explorou, em uma conferência, a visão da câmera do Facebook como uma plataforma integrada que permitirá uma série de interações com o meio. Nessa linha, o pessoal do Vale do Silício já concebe que os smartphones atingiram o ápice de seu desenvolvimento tecnológico e será disruptado em breve. A bola da vez são os vestíveis e as apostas continuam altas nos óculos como o malfadado projeto do Google Glass. Incrível, não é? Quando um movimento, como o dos smartphones, estabiliza-se em um patamar “confortável” já percebemos que ele está ultrapassado. A velocidade das mudanças é avassaladora e , tanto em nosso papel como trabalhadores quanto no de empreendedores, temos de estar muito atentos aos movimentos.

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