Da “juniorização” da estrutura à produtividade endêmica: os desafios de Recursos Humanos no novo momento da economia brasileira
14 novembro 2013
por B. Afonso Macagnani (*) A produtividade da economia brasileira está estagnada: o valor adicionado por trabalhador no Brasil em 2012 permanece no mesmo nível de 2000 e equivale a 18% da produtividade americana. Sim, o trabalhador americano produz cinco vezes mais que o brasileiro por hora trabalhada, e não retiramos um centímetro de atraso nesses 12 anos. Gustavo Franco, O Estado de São Paulo, 25.ago.2013 A revista “The Economist”, em duas reportagens pontuais, uma de novembro 2009, “Brazil takes off” (“O Brasil decola”) e outra de outubro 2013, “Has Brazil blown it?” (“O Brasil estragou tudo?”), destaca dois momentos distintos da economia brasileira e aponta, nesta última, a inversão da expectativa externa sobre a nossa capacidade em continuar crescendo como país emergente. Traduzindo metaforicamente para nossa abordagem de Recursos Humanos significa dizer que, nesse intervalo de quatro anos, o foco passou de “identificar e reter talentos faltantes para um momento de crescimento” para o de “incrementar produtividade para aumentar a competitividade das empresas”. Não que esses dois focos sejam excludentes, ao contrário, pela maior abrangência o enfoque de competitividade contém as ações sobre identificação e retenção de talentos, contudo, a celeridade com que as condições econômicas favoráveis aconteceram, acabou por dispensar, de maneira estruturada e na maioria das empresas, o foco na produtividade e seus alavancadores e, de forma reducionista, concentrou atenção em ações básicas sobre talentos.
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